Em mais uma obra do escritor brasileiro Jô
Soares, O Homem que Matou Getúlio Vargas narra a trajetória de um assassino
atrapalhado que, por ter nascido com seis dedos em cada uma das mãos, descobre
que ao invés de ter mais habilidade e facilidade de realizar seus trabalhos, o
dedo extra pode, muita vezes, atrapalhar. Além disso, não é só o problema
físico que o atrapalha na execução de seus planos: todas as vezes, ao tentar
executar atentados contra diversas autoridades políticas ele se vê atrapalhado
e impedido de executar seus planos, deixando o mérito dos atentados a cargo de
seus colegas, que consegue atingir maior estima entre seus outros companheiros
assassinos, enquanto ele continua sem conseguir completar as missões que lhe
são incumbidas. Assim, Dimitri Borja Korozec, nascido na Bósnia, mas com
antepassados que viveram no Brasil e é parente do gaúcho Getúlio Vargas. Ao
rodar o mundo para fazer o que lhe é pedido, Dimitri passa por vários
acontecimentos, escapando de ser assassinado por um anão que o odeia e que está
decidido a eliminá-lo. Além disso, parece que sua fama por ter dois
dedos a mais acaba por torná-lo famoso em alguns locais. Tudo acaba por
contribuir para que ele venha para o Brasil e acabe por se tornar o
protagonista do único homem que ele descobre que não pode assassinar para não
torná-lo um herói popular: Getúlio Vargas. Em um enredo cheio de acasos e tragédias,
Jô Soares coloca em um livro de ficção alguns importantes acontecimentos
históricos da história brasileira e europeia.
Leia resenhas de outras obras de Jô Soares:
- O Xangô de Baker Street - resenha
- As Esganadas - resenha
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