quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Viuvinha - José de Alencar

   José de Alencar nos trás uma história de amor que ultrapassa todas as barreiras: Carolina, uma jovem de quinze anos, está para se casar com Jorge, um jovem moço, herdeiro de uma família de posses que pêra seu pai a alguns anos. O amor entre os dois se desenrola da forma mais pura e inocente possível, limitada a castos beijos na face até a data do casamento. Na véspera do grande dia, Jorge recebe a visita de seu tutor, Sr. Almeida, que o coloca a par da situação econômica da família: logo após a morte do pai, assim que atingiu a maioridade e pôde assumir o controle do dinheiro da família, Jorge havia passado três anos esbanjando todo o valor que seu pai lutara para conquistar. Assim, na véspera do casamento, Jorge fica sabendo que não só está pobre como também as dívidas de seu pai, que deveriam ter sido pagas, ainda estão a rondar-lhe. Assim, depois da cerimônia do casamento, Jorge faz sua noiva beber um cálice em sua homenagem, de modo que ela logo adormece. Ele foge da casa e vai até um local retirado. Na manhã seguinte, um corpo desfigurado é encontrado, com uma carta que explica o motivo do suicídio. Carolina, apesar de saber que o marido está morto a mais de cinco anos, continua a se vestir como se estivesse de luto, desencorajando todos os pretendentes que se aproximam dela. A Viuvinha, como era chamada, não deseja que o afeto que sentia pelo marido falecido se desvanecesse e, por isso, não se permitia apaixonar-se por alguém.  É dessa forma que um jovem a encontra. O misterioso cavalheiro está a alguns anos na cidade e somente agora, depois de conseguir resgatar todos os títulos que estavam em nome de seu falecido pai, livrando seu nome da falência, é que o jovem se revela para Carolina: Jorge não havia se suicidado. Outro homem o precedera ao local e, quando Jorge estava para concretizar seus planos, o Sr. Almeida havia aparecido e sugerido que ele forjasse a morte, fazendo todos acreditarem que aquele homem desconhecido que está morto no local era ele. Assim, Jorge foge para os Estados Unidos, onde faz fortuna e tem condições de voltar ao Brasil para pagar as dívidas do pai e poder reconquistar o seu amor, que jamais o abandonou. Carolina o aceita novamente e dois passam a morar juntos, ele com o nome de Carlos. A história é narrada em terceira pessoa, onde um visinho da casa do casal escreve uma carta a uma prima contando o acontecimento.

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